A Donzela sem mãos - 2


Quando estava procurando uma imagem pra por na história "Donzela sem mãos", achei esse blog, com uma explicação inspirada sobre o significado da história. É claro que você também pode ler mais no próprio livro da Clarissa, porque ela faz uma explanação maravilhosa sobre os símbolos e arquétipos femininos a cada história que ela conta.

 A donzela sem mãos na floresta: tornar-se eficaz sozinha

"Como a donzela sem mãos no conto de fadas, que tem o mesmo nome (LEIA A HISTÓRIA AQUI), e cujas mãos lhe voltaram a crescer enquanto esteve na floresta, muitas mulheres descobrem que apenas sozinhas, sem apoio e perdidas num terreno desconhecido, lhes acontecem crescimentos psicológicos análogos. 

Metaforicamente as mulheres jovens deixam que lhes cortem as mãos para anuir ao que significa ser “uma mulher feminina”. Enquanto as raparigas pré-adolescentes dizem com facilidade o que pensam e podem mostrar-se exuberantes, afirmativas e capazes de competir com os rapazes, as adolescentes perdem caracteristicamente a auto-estima e reprimem a auto-expressão.
 
As mãos representam competência, a capacidade de chegar ao que tem valor pessoal e de o conservar; as mãos são os meios pelos quais exprimimos sentimentos íntimos e sensuais; as mãos são usadas para criar, para consolar os outros e para curar; as mãos sujam-se quando mexemos no solo ou em máquinas, ou entramos em “negócios escuros”; as mãos seguram instrumentos musicais, pincéis de pintar, utensílios de cozinha, ferramentas e armas; as mãos protegem-nos, respondem à curiosidade e são, em muitas facetas, extensões das nossas psiques no mundo. As mãos têm a ver com a auto-estima, a auto-expressão, tanto real como metaforicamente.

Para compreender como “A donzela sem mãos” pode ser uma história com significado pessoal, medite nas suas próprias inibições ou limitações. Talvez um conjunto de “mãos” em especial lhe tenha sido cortado?...

Mãos a crescer mas jamais desenvolvidas, ou que foram amputadas, são particularmente necessárias a uma mulher que sai da casa do pai para a do marido, e depois, a seguir à sua morte ou a um divórcio, tem de entrar no mundo e ganhar o seu sustento, ou o seu e de outros. Ela é como a donzela sem mãos, impossibilitada e sozinha.

Se foi educada para ser uma senhora, há sempre facetas da sua personalidade que estão atrofiadas ou amputadas: aprendeu a não exprimir a cólera, opiniões rigorosas, nem a dizer o que pensa. Capacidades e traços da personalidade que não eram vistos com bons olhos não foram desenvolvidos. Levaram-na a sentir vergonha de quaisquer partes de si mesma que eram impróprias e, por consequência, essas partes foram reprimidas – ou cortadas.”
* Referência a Clarissa P. Estés, Mulheres que Correm os Lobos
Jean Shinoda Bolen, Travessia para Avalon, Planeta Editora
Imagens: Google
Fonte do texto: SABER DE SI


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